Em evento na área da saúde, professora apresenta resultados do Reciclasse, projeto de intervenção social do Colégio Marista Ribeirão Preto.
Na última quinta-feira (22), a professora do Colégio Marista Ribeirão Preto Thais Pileggi apresentou, em evento em São Carlos (SP), um projeto de intervenção social desenvolvido pela escola e que tem transformado o colégio e a cidade de Ribeirão Preto. Trata-se do Reciclasse, que surgiu em 2017, com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da redução da produção do lixo para a construção de um planeta sustentável.
A primeira parte do projeto consistiu em uma ação com as turmas de 6º a 9º anos do Ensino Fundamental, onde os alunos após o intervalo recolheram os lixos nas praças de alimentação, corredores e pátio central da escola. O lixo foi separado em dois sacos identificados como “Lixo Reciclável” e “Lixo Orgânico”. Depois, foi pesado e os valores anotados em uma planilha.
Em apenas uma semana, os estudantes chegaram a coletar cerca de 100 quilos de lixo reciclável de pátios, praças de alimentação e corredores da escola, o que levou os jovens a pensarem em uma solução para dar o destino correto ao material recolhido. A ação garantiu a continuidade e ampliação do projeto, que passou a destinar o material reciclável a catadores do município. “Foi uma forma de ajudar quem vive da reciclagem, quem tem que muitas vezes sustentar sua família com a renda do reaproveitamento desse material”, disse a professora Thaís.
Em uma ação conjunta coma a Pastoral Jovem Marista, os alunos do 6º ano fizeram uma campanha para criar um copo, ecologicamente correto, que pudesse ser usado pelos estudantes, com o objetivo de diminuir o uso de descartáveis na escola. No copo, foi estampado o logotipo do projeto criado pelos alunos.
E toda essa experiência foi compartilhada no 1º Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde do HU-UFSCar (Hospital Universitário da Federal de São Carlos). “Como esse projeto foi desenvolvido utilizando um tipo de metodologia ativa em educação, compartilhei essa experiência que teve êxito na educação básica”, explica Thais.
“É importante discutir como essas práticas que já são obrigatórias nos cursos de graduação podem ser usadas com sucesso na educação básica. Hoje em todos os novos cursos de medicina é obrigatório o uso de metodologias ativas no processo de aprendizagem. E o uso delas ajuda a tornar o estudante mais autônomo e protagonista do seu aprendizado. E o professor passa a ser um facilitador e não mais fonte do saber”, ressalta.